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San Martín (SJ) impõe virada incrível sobre Olimpo, rebaixa o rival e manda San Lorenzo à zona de rebaixamento direto

Na jogada desesperada, aos 46 do segundo tempo, Díaz comete pênalti em Caprari

Em partida movimentada e tensa, em San Juan, o San Martín venceu o Olimpo por 3×2 e conseguiu três feitos, como presente pelo seu heroísmo: saiu da zona da degola, rebaixou o Aurinegro e, de quebra, mandou o San Lorenzo à zona do rebaixamento direto. Tudo isso, apenas nos 45 minutos finais. Isso porque o primeiro tempo foi do Olimpo, que impos 2×0 em um rival que abusava da paciência de seus hinchas ao concluir muito mal as suas várias chances de gol. No segundo tempo, porém, o Verdinegro melhorou tecnica e taticamente. Porém, o que fez a diferença foi que jogou com o coração. Com ele descontou o placar, empatou e chegou, aos 47 minutos e meio, à impressionante vitória em San Juan. Vida segue difícil para o Verdinegro, mas é melhor assim do que viver o pesadelo que ora vive o Olimpo de Bahía Blanca, que já não pode sonhar em permanecer na elite argetina.

O duelo em si

Em situações como a que envolvia San Martín e Olimpo é fácil pensar que o conjunto local vai se impor sobre o rival e chegar ao gol. Se o rival em questão é uma equipe já praticamente rebaixada então a tarefa dos donos da casa fica ainda mais tranquila. Contudo, não foi bem isso o que se viu em Bahía Blanca, na primeira etapa. Quem tentou jogar no campo de defesa do rival foi justamente o Olimpo.

Aos nove minutos de jogo, Martín Pérez Guedes abriu o marcador para o Olimpo. O que deixou a partida ao seu feitio. A proposta de se fechar atrás começou a dar certo e permitiu ao visitante que esperasse e contasse com o erro do rival. As chances então foram saindo, uma a uma. E o Olimpo pecava de maneira incrível na conclusão das jogadas.

Na base mais do desespero do que pelo futebol organizado, o Verdinegro chegava também ao arco de Ibañez. Mas rodava e girava a bola para lá epara cá, no campo de ataque, e ninguém parecia habilitado a recebe-la

E as chances começaram a ocorrer, No início da segunda etapa, aos seis minutos, novamente Péres Guedez apareceu para fazer o gol para o Olimpo. Só restava ao Verdinegro que atacasse o rival e que fizesse o primeiro gol rapidamente. O jogo ganhou em movimentação e os dois ataque começaram a abusar do número de tentos que perdiam.

Depois de muitas chances desperdiçadas, o Verdinegro chegou ao gol de Ibañez aos 27 minutos. Penco foi o nome do gol. Ao descontar o marcador foi como se o Verdinegro ganhasse mais coragem para pressionar o rival. Também seu futebol deixou de ser tão desorganizado e a equipe qualificou muito o seu empenho pela busca da vitória.

A pressão do Verdinegro se intensificou e aos 37 minutos, Caprari empatou para o conjunto local. O gol fez o Olimpo se abrir ainda mais, já que precisava fazer um tento a qualquer custo para evitar rebaixamento. A pressão verdinegra se intensificou ainda mais e se valeu dos muitos espaços deixados pela defensiva aurinegra.

Por muito pouco o Olimpo ainda não chegou ao gol. Porém, foi o conjunto local que chegou novamente às redes. Em rápido contragolpe, Caprari sofreu pênalti de Díaz, que foi expulso. Na cobrança, Cristian Ávarez fez o gol de uma grande virada em San Juan. Mais que isso, um gol que valeu ao San Martín que ainda possa respirar na elite argentina, além de mandar o San Lorenzo para a zona do rebaixamento direto. Quanto ao Olimpo, é o primeiro a cair à segunda divisão. O choro de seus atletas na cancha disse muito sobre a luta da equipe nas ultimas rodadas. Como o pesadelo acabou, já pode ir tratando de reorganizar a vida para começar com tudo a próxima temporada na B Nacional.

Formações

San Martin de San Juan: Luciano Pocrnjic; Cristian Álvarez, Diego Sosa, Lucas Landa, Raúl Saavedra (García); Mauro Bogado (Caprari), Martín Wagner (Affranchino), Damián Canuto, Marcelo Carrusca; Maximiliano Núñez e Sebastián Penco. Técnico: Facundo Sava.
Olimpo de Bahía Blanca: Matías Ibáñez; Ezequiel Parnisari, Gabriel Díaz, Fernando Mancinelli, Cristian Villanueva; Martín Pérez Guedes, Damián Musto, Ariel Rosada (Litre); Martín Rolle; Andrés Franzoia e Néstor Bareiro. Técnico: Walter Perazzo.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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