Libertadores

Sem público, mas com futebol e muita disposição

Em Liniers, o Vélez recebeu o Peñarol para o choque de líderes do Grupo IV. A vitória deixaria um deles bem próximo da classificação; já uma derrota deixaria uma das equipes na pressão, já que o Emelec seguiria com a mesma pontuação do segundo colocado, mas com um jogo a menos. Os portões do Amalfitani estava fechados, já que a hinchada fortinera causou distúrbios no jogo de ida, no Centenário. E isto se revelaria como mais um desafio que o conjunto local teve de encarar e vencer.

Logo de início, o Fortín deu mole e foi logo dominado pelos Carboneros. O resultado disso foi a abertura do placar já aos 23 minutos de jogo. O domínio visitante justificava até o gol, porém, ele ocorreu de forma polêmica, já que a mão de Peruzzi sobre a bola ocorreu claramente fora da área. “Lolo” Estoyanoff não quis nem saber e guardou: 1×0 Peñarol.

Bastou isso para que o Vélez acordasse. Os espaços cedidos no campo foram reconquistados pouco a pouco e o conjunto que era local, mas que jogava sem público, foi virando o verdadeiro dono do espetáculo. Apesar disso, e das boas chances que tiveram, os dirigidos do “Tigre” Gareca não conseguiram virar o marcador ainda na primeira etapa.

O segundo tempo foi ainda mais vibrante para o cotejo e apresentou um Vélez ainda mais faminto pelo triunfo. Uma vez mais convém ressaltar o trabalho de vestiário do competente técnico Gareca. Só que facilidade não tiveram os fortineros. O conjunto visitante se trancou atrás da linha da bola e praticou um tipo de contragolpe que parecia fatal. Aguirregaray e principalmente “el Lolo” Estoyanoff qualificavam o jogo uruguaio, sempre que a pelota era recuperada ao Vélez. Neste sentido, a mensagem era clara: se quisesse vencer, o conjunto local teria de merecer a vitória. E construí-la.

Só que aos 27 minutos, o árbitro Leandro Vuaden viu pênalti novamente. Desta vez, foi a mão de Macaluso que gerou dúvidas. “El Pocho” Insúa também não quis nem saber dessa história e guardou para o Vélez: 2×1. Conhecendo a camisa e a disposição do seu rival, os comandados de Ricardo Gareca resolveram manter a mesma pegada. Três minutos depois, Jonathan Copete e Rescaldani praticaram uma pequena linha de passe antes do gol do jovem atacante colombiano: 3×1 Vélez e liderança garantida do dificílimo Grupo IV.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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