Libertadores

Vélez vence Peñarol e chega à liderança do Grupo IV

Com um desafio gigante de encarar o líder Peñarol, no Centenário de Montevidéu, o Vélez venceu por 1×0, com um gol de Lucas Pratto, aos 41 minutos da etapa final. Um resultado que não disse muito do que foi o primeiro tempo, mas que disse muito sobre o que foi o segundo. Isto porque o Vélez igualou as ações na primeira etapa e mandou na partida, nos 45 minutos finais, graças à sua melhor condição técnica, ao seu banco de reservas e ao técnico Ricardo Gareca.

Tivemos um primeiro tempo parelho no Centenário. Tanto o Peñarol quanto o Vélez procuraram sair para o jogo desde o início. Só que as duas equipes se deparavam com fortes sistemas defensivos e com formações voltadas não só para o ataque, mas, sobretudo, para a defesa.

No campo, essa proposta se materializava na ocupação dos espaços pelos flancos, deixando que as duas equipes tramassem e propusessem o jogo pelo meio-campo. Como havia forte congestionamento pelo setor, ninguém teve a felicidade de guardar a pelota nas redes. Até mesmos nas poucas vezes em que os porteiros precisaram intervir, isto ocorria quase sempre pelas jogadas de bola parada.

Neste sentido, “Lolo” Estoyanoff foi o nome do jogo nos primeiros 45 minutos. Só que suas bolas paradas não foram suficientes para mexer no marcador. Ficou tudo no zero. E foi justo.

Nos primeiros instantes da etapa final, Estoyanoff fez boa jogada e cruzou na cabeça de Zalayeta. Nada aconteceu. A resposta dos visitantes veio aos sete minutos. Em jogada tramada por Romero, Pratto arrematou da entrada da área e obrigou Bologna a realizar a grande defesa da partida.

Aos poucos, o Vélez foi se intrometendo no setor defensivo carbonero e se sentindo à vontade. Apesar da forte marcação da defensiva local, os visitantes conseguiam irromper no ataque graças à ultrapassagem dos seus volantes e alas, principalmente Papa. Embora marcasse forte, o Peñarol não conseguia bloquear as chegadas fortineras. Porém, na maior parte dos casos, era eficiente no bloqueio decisivo, realizado à frente da meta de Bologna.

Chances de gol mesmo eram poucas. Só que aos 39, Copete carregou pelo setor esquerdo do campo de defesa até o ataque. Em passe para Insúa, “el Pocho” arrematou cruzado e por muito pouco não guardou a pelota no arco charrúa. Bologna mandou a pelota para córner. A jogada foi apenas um exemplo da boa intervenção de Gareca. Disposto a vencer a partida na etapa final, Gareca colocou uma mescla de velocidade e habilidade no time, a partir das substituições que fez.

A principal delas foi justamente a do jovem Copete, no lugar de um apagado Rescaldani. E foi do colombiano que surgiu a jogada decisiva da partida. Aos 41 minutos, Copete fez excelente jogada e a pelota ficou a cargo de Lucas Prato, que a mandou para as redes de Bolognia: Vélez 1×0. A partir do gol, restou ao Vélez proteger o resultado a todo custo.

Com o apito final do árbitro Heber Roberto Lópes, o conjunto dirigido por Ricardo Gareca assumiu a liderança do difícil Grupo IV. Liderança que divide com o próprio Peñarol.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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