BocaPrimeira Divisão

A lista negra de Carlos Bianchi

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Contrato de Bianchi com o Boca vai até dezembro de 2015, mas tem gente que duvida que em função de cláusulas permissivas, ele permaneça no clube, após junho de 2014. Ainda assim, o Virrey preparou sua lista de indesejáveis. Vejamos de quem se trata e vamos confeccionar uma outra lista: a dos jogadores que o atual treinador já varreu de “La Casa Amarilla”.

Reunião foi ontem, às portas fechadas, com Angelici e outros diretores do clube. Infeliz com o rendimento da equipe, Carlos Bianchi entregou sua listinha de indesejáveis. Muitos nomes já estão na boca de todos os torcedores; outros, surpreendem por não apresentarem rendimentos tão negativos assim; outros, revelam a dificuldade do treinador em determinar o que de fato seria o melhor para a equipe, no presente momento. No arco, nem Tripodi nem Orión. O primeiro veio do Quilmes para ser reserva do segundo. Nunca teve chances reais de se mostrar relevante para o elenco. Ainda assim, vai ser mandado embora. É a primeira surpresa.

Já Orión, surpreende pelo fato de que é um dos melhores jogadores da equipe. Não está feliz no clube por causa de picuinhas das quais nem todas são mentirosas. Tentou ficar ao lado de Riquelme, mas não consegue entender se o enganche de fato o defende ou o ataca pelas costas. Está cansado e já quer partir. Porém, é tão bom jogador que o clube deveria fazer esforços para mantê-lo. Não fará, pois o técnico já deixou claro que prefere seguir sem o melhor guardametas xeneize dos últimos anos.

Ainda dentro das surpresas aparecem dois nomes do meio-campo. Hernán Grana fez tudo certinho desde que chegou do Albo. Nunca comprometeu; nunca fez beicinho ao não ser sequer relacionado para o banco de reservas. Foi um pedido público do técnico ao término da temporada passada. Não teve nem oportunidades para se mostrar incompetente. Tem o perfil calado e isto pode contribuir para ser a vítima daquela lenda: “a corda sempre estoura do lado mais fraco”. Sánchez Miño nunca agradou Bianchi e ninguém entende o motivo. Foi desprezado ao banco de reservas. Está infeliz e também ele já pede para sair.

Fernando Gago é outro que não agrada e faz parte da lista do Virrey. Neste caso, o técnico tem certa razão, pois o meia gerava expectativas na mesma altura da simpatia que gozava no clube. Foi recebido com sorrisos, porém nunca cumpriu com as expectativas. Teve contusões, por certo. Mas nem sempre demonstrou disposição para romper com o mal momento. Nos bastidores, dizem que o jogador não faz esforços para ficar, pois estaria enojado com o ambiente na Casa Amarilla. Tem sentido.

Cláudio Riaño nunca agradou Bianchi. As más-línguas dizem que nenhum atacante consegue este feito. As portas já estão abertas para um jogador que sempre foi subaproveitado no Boca. O contrário disso é Juan Manuel Martínez. O Burrito só fez besteiras desde que chegou. Quando não fala bobagens, permite que seu pai o faça em seu nome. Desde que chegou, nunca agradou. Mimado, insiste em jogar mais centralizado. Vale lembrar que esta era a mesma reclamação que o atacante fazia quando estava no Corinthians. Boca faz bem em mandá-lo embora; apesar de ser jovem, trata-se de um jogador decadente.

Pablo Ledesma é outro que ninguém quer que permaneça no clube. Riquelme o detesta. Estar 100% fora do clube. Quem também pode sair é Emmanuel Gigliotti. O atacante foi outro pedido público do técnico e, por enquanto, é um dos queridinhos do Virrey. Porém, há uma pressão forte do elenco para a saída do “Puma” Gigliotti. O motivo disso seria o excesso de reclamações do atacante por não ser acionado via jogo aéreo. Por causa disso, o zagueiro Cata Díaz quase esbofeteou o Puma no intervalo de um jogo contra o Estudiantes.

Mas a lista não acaba por aí. O Virrey já disse a Angelici que pode vender Claudio Pérez, Cristian Erbes, Federico Bravo, Nahuel Zárate e Leandro Marín. Disse ainda que o cartola não precisa renovar o empréstimo com Diego Perotti junto ao Servilla.

A Lista dos que já foram

Desde que chegou no Boca Juniors, Carlos Bianchi se desfez de vários jogadores. Trata-se de um elenco completo de um bom time de futebol. Alguns nomes são incompreensíveis pois remetem ao glorioso trabalho de base no clube. Leandro Paredes é o maior exemplo disso. Tido como o futuro enganche dos sonhos, o jovem atleta foi fritado até o limite pelo novo treinador. Sem condições de permanecer, foi transferido para a Sampdoria. O Mesmo ocorre hoje em dia com Sánchez Miño e outras jovens promessas. Vejamos a lista completa dos que já se foram na gestão do Virrey:

Santiago Silva (Lanús)
Walter Erviti (Atlante, México)
Lucas Viatri (Chiapas, México)
Leandro Somoza (Lanús)
Lautaro Acosta (Lanús)
Clemente Rodríguez (São Paulo)
Emiliano Albín (Peñarol)
Franco Sosa (Gimnasia de Jujuy)
Oscar Ustari (Almería)
David Achucarro (Godoy Cruz)
Orlando Gaona Lugo (Cerro Porteño)
Sergio Araujo (Tigre)
Exequiel Benavídez (All Boys)
Nicolás Colazo (All Boys)
Cristian Alvarez (All Boys)
Lisandro Magallán (Rosário Central)
Juan Imbert (Aldosivi)
Braian Flores (Aldosivi)
Leonardo Baima (Aldosivi)
Ricardo Noir (passe livre)
Christian Cellay (rescindiu contrato)
Leandro Paredes (Sampdoria)
Nicolas Blandi (San Lorenzo)
Matias Caruzzo (La U, do Chile)

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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