Desarme, velocidade e chegada à área adversária. Há quanto tempo não se via a Argentina tão aplicada contragolpeando. Por vezes foi costume ver a equipe de Martino presa, quase restrita, às trocas de passes, paciência com a bola nos pés e dificuldade para entrar na meta adversária, cenas que em certos momentos pareciam se repetir em Santa Clara. Na primeira etapa, o Chile cedeu espaços para a Argentina, que custou achar boas tramas, principalmente pelos extremos, onde não conseguiu acionar a presença de Higuaín na área.
Como Banega, a Argentina definitivamente entrou no jogo na volta ao segundo tempo. Recebendo o respaldo de Augusto Fernández e Mascherano, o trio Gaitán, Banega e Di María retornaram intensos, sufocando a saída chilena. O resultado, dois gols:
Há 6 meses atrás, quando planejou tramas parecidas contra a Colômbia, em Barranquilla pelas Eliminatórias, Martino declarou não ser tão restrito a uma maneira de jogar como aparenta, respondendo às críticas na Argentina de que a Seleção não tinha um segundo plano para o jogo. Aconteceu em Barranquilla e voltou a acontecer ontem.
A Argentina voltará a campo na sexta-feira, dia 10, contra o Panamá, em Chicago. Que a imagem do segundo tempo de ontem permaneça nos planos de Martino e comissão técnica. Consolidar a idéia parece ser a próxima tarefa.
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