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Argentino em listras brancas e vermelhas: 50 anos de Roberto Acuña

Nascido em Villa Domínico, na municipalidade de Avellaneda, Roberto Miguel Acuña não só enfrentou oito vezes a Argentina natal nos gramados (o que já foi um recorde entre argentinos que adotaram outras seleções) como até marcou dois gols sobre ela. Ele já teve o recorde de partidas pelo Paraguai, terra de seus pais – parou nas cem, quando o dono da marca já era Paulo da Silva há muito tempo. Claro, o escalamos em um time dos sonhos de argentinos que defenderam outros países na Copa América. Se no Brasil ele vem ficando mais conhecido como um ativo auxiliar técnico de Gustavo Morínigo no Coritiba, vale resgatar a curiosa trajetória de El Toro enquanto um raçudo volante de uma carreira adulta que se estendeu por incríveis 29 anos – e que não deixou de brilhar por gigantes na terra onde nasceu.

Antes, um contexto: os três jogos que o goleiro Fernando Muslera fez apenas em 2021 contra a Argentina o fizeram chegar a dez duelos contra os hermanos, embora ele seja portenho apenas de nascimento mesmo: filho de uruguaios, criou-se desde pequeno na margem oriental do Rio da Prata, sem dificuldades em defender de modo fervoroso a Celeste. Acuña também é filho de estrangeiros, mas só veio mesmo a instalar-se na terra dos pais já adulto. Abaixo dele, quem mais chegou perto foi o volante Matías Fernández, crescido desde a adolescência no Chile e que por La Roja enfrentou sete vezes a terra natal. Mesma soma que Gustavo Quinteros e Ricardo La Volpe vivenciaram, mas por diferentes países.

Ainda como zagueiro, Quinteros enfrentou duas vezes a Argentina como jogador da Bolívia (uma em 1993 e outra em 1995). Depois foram outras duas como treinador de La Verde (ambas em 2011) e então três como técnico do Equador – duas em 2015 e outra em 2017. La Volpe calhou de encontrar cinco vezes a Albiceleste no período em que ele treinou o México e as outras duas, ambas em 2011, foram a serviço da Costa Rica. Como treinador, Gerardo Martino duelou quatro vezes pelo Paraguai e outra pelo México; por fim, José Pekerman está prestes a igualar Martino, com os quatro encontros a serviço da Colômbia devendo ser hoje mesmo somados ao duelo que a Albiceleste fará nessa sexta-feira contra a Venezuela na reta final das eliminatórias.

Acuña teve no Argentinos Jrs (note o patrocínio de Mendoza) seu primeiro clube como adulto na Argentina. Dali ingressou no pacote do Boca para 1994: Fabbri, Vivas, Rudman (de passagem-relâmpago pelo Cruzeiro), Gamboa, Carrizo, ele e Pico com o técnico Menotti

Enfim, falemos de Acuña: seu local de nascimento é vizinho à municipalidade de Lanús. E foi primeiramente entre os grenás que ele se formou, dos oito aos dezesseis anos, ainda que em tempos bem menos glamourosos em La Fortaleza (o Lanús é o único clube que já venceu a elite argentina após ter descido até a terceira divisão nacional, o que ocorreu naqueles anos 80). De lá, seguiu aos juvenis de um dos gigantes de Avellaneda, o Independiente. Mas, inicialmente, só foi avaliado na Doble Visera por uma temporada. O ex-lateral Ricardo Pavoni e o ex-goleiro Miguel Ángel Santoro, multicampeões de Libertadores com o Rojo nos anos 60 e 70, não tiveram olho clínico por El Toro e lhe baixaram o polegar ao fim do torneio 1988-89 da categoria. O volante jura que entendeu: “não fiquei mal, não tinha tempo para me deprimir”.

A declaração foi dada a uma edição especial que a revista argentina El Gráfico, capitalizando na comunidade paraguaia que vive à beira do Rio da Prata, lançou após a Albirroja garantir-se na Copa do Mundo de 1998. Na mesma matéria, ele explicou então como se deu sua conversão: “eu tinha 18 anos e havia ficado sem clube na Argentina. Como meus pais são paraguaios e ali viviam familiares e conhecidos nossos, viajei para me instalar em Assunção. Em pouco tempo ali, me avisaram que existia uma possibilidade para integrar o Nacional. Não pensei duas vezes e me larguei. Rendi num teste, gostaram do que fiz e me contrataram”.

Outrora potência nos anos 20 aos 40, o Nacional Querido padecia de jejum desde 1946 na liga paraguaia (e só o finalizaria em 2009) e não chegou a entrar no pódio nas quatro temporadas em que Acuña o defendeu. Mas foi pelo desempenho como tricolor que ele foi sondado pela seleção de adoção, ainda quando o treinador era Sergio Markarián. Foi este quem em 1993 lhe garantiu que “se adotares a dupla nacionalidade, aqui terás uma chance”. A resposta, após uma rápida consulta aos progenitores Artemio e Liduvina, foi: “está bem, já decidi, me tenham em conta”.

O Boca no jogo de ida da decisão da Supercopa 1994: Mancuso, Navarro Montoya, Gamboa, Fabbri, Vivas e Mac Allister; Acuña, Martínez, Carranza, Da Silva e Márcico. O Independiente seria campeão

Ele estreou em 3 de março, em amistoso contra a Bolívia (1-0) pela Copa Paz no Chaco, que celebrava os sessenta anos da guerra que os dois países travaram pela região. Em 10 de junho, esteve em derrota por 3-1 em outro amistoso, contra o México. Ainda em junho, ocorreu Copa América, onde só seria usado na estreia, entrando no decorrer de uma surra para o anfitrião Equador, que já vencia por 3-0. Mas ganhou sequência nas eliminatórias à Copa de 1993, desenroladas basicamente em agosto, no último formato enxuto da Conmebol. Nelas, enfrentou pelas duas primeiras vezes a Argentina. E o famoso 5-0 que ela sofreu para a Colômbia deixou o Paraguai a um gol de substituir a Albiceleste na repescagem contra a Austrália.

Agora com cartaz, Acuña voltou ao futebol argentino contratado inicialmente pelo Argentinos Jrs, estreando em derrota de 1-0 para o Ferro Carril Oeste em 30 de setembro. O clube do bairro portenho de La Paternal – ou melhor, o clube da cidade de Mendoza, em função de parceria com patrocinadores locais para utiliza-la como casa alugada – não fez a melhor de suas temporadas: eliminado na Supercopa logo no primeiro mata-mata (contra o River), ficou só em 11º no Apertura e em 13º no Clausura. Mas o paraguaio se destacou: mesmo volante, deixou quatro golzinhos, em 33 jogos.

O Boca apostou nele para a temporada 1994-95. Curiosamente, ele já havia marcado um gol pelo novo clube – ao mandar acidentalmente às próprias redes do Argentinos Jrs, dando aos 45 minutos do segundo tempo os números finais em 2-2 ao duelo válido pelo Clausura 1994. O site estatístico Historia de Boca o descreve como um jogador de “grande aceleração, bom arremate de longa distância e técnica. Soube adaptar-se a todas as posições do meio-campo e se amoldou ao estilo de jogador aguerrido que o torcedor exige”. Treinados por César Menotti, os xeneizes passaram longe da conquista do Apertura em 1994 (apenas 13º, com mais derrotas do que vitórias), mas porque centraram fogo na Supercopa, avançando até a decisão após eliminar o próprio arquirrival nas semis – com Acuña convertendo friamente a quarta cobrança na decisão por pênaltis contra o River.

Volta olímpica do Independiente pela Supercopa 1995: Domizi, Mazzoni (autores dos gols do título sobre o Flamengo), Gustavo López e Acuña, ainda reserva

Mas na Supercopa daria Independiente, em movimentadas finais argentinas, e Menotti pediu o boné a duas rodadas do fim do Apertura. No Clausura 1995, os auriazuis contrataram Silvio Marzolini de treinador, velho ídolo nos anos 60 como lateral e depois treinador do maradoniano Metropolitano de 1981. Inicialmente invicto nas sete primeiras rodadas, o time retomou resultados erráticos, ainda que registrasse sua maior goleada da história sobre o Independiente e renovasse a freguesia que se impunha em pleno Monumental sobre o River (4-2). Mas foi preciso contentar-se com um 4º lugar. Acuña, do seu lado, manteve números interessantes para um jogador recuado: três gols em 33 jogos.

Dessa vez, ele seria titularíssimo em sua segunda Copa América, onde os guaranis caíram um tanto precocemente no primeiro mata-mata, nos pênaltis contra a Colômbia – ele até acertou, inutilmente, sua cobrança. E pôde ter uma grande revanche pessoal, ao ser reincorporado pelo recém-goleado Independiente que outrora o dispensara; o Rojo vivia desmanche geral do timaço que entre agosto de 1994 e abril de 1995 faturara um Clausura, aquela Supercopa (ambos em 1994) e também a Recopa. O futebol vistoso deu lugar pelo restante de de 1995 a um pragmatismo que não caía tão bem ao paladar de uma torcida exigente por bom futebol, mas que bastou para garantir uma segunda Supercopa seguida ao Rey de Copas enquanto o clube era apenas 14º no Apertura 1995. Acuña ainda custava a se firmar, sendo titular apenas na partida da estreia, um 1-1 em casa contra o Santos; calhou de ver Jorge Álvez, que o substituiu já aos 37 minutos do segundo tempo, anotar o gol do empate aos 44.

El Toro depois veio a atuar nos quatro minutos finais da derrota de 1-0 em Medellín para o Atlético Nacional, no lugar de Gustavo López; nos últimos 15 minutos do 2-2 com o River, substituindo Néstor Clausen, e no 0-0 na revanche com o Millo, entrando por Diego Dorta no intervalo; e nos dez minutos finais do jogo de ida na decisão, na vaga de Diego Cagna. Ele foi um dos cinco reservas relacionados para o jogo de volta das finais contra o Flamengo, mas apenas Marcelo Kobistyj e o veterano Jorge Burruchaga pisaram no Maracanazo argentino em pleno centenário rubro-negro – o que não inibira o paraguaio em participar da primeira volta olímpica da carreira ou da festa na piscina do Sheraton do Rio de Janeiro madrugada adentro. Afinal, era a primeira taça da carreira adulta de Acuña.

No duelo contra a Argentina pela Copa América 1997 e desconsolado com Arce e Chilavert após o gol de ouro da França em 1998

O troféu antecedeu bons torneios pelo time de sua Avellaneda, a começar pela liderança inicial que o clube teve no Apertura 1996. Acuña, eleito para o time do ano do futebol sul-americano, voltava a trabalhar com Menotti, agora o treinador rojo. No fim, o River mostrou-se mais regular e foi campeão com nove pontos de vantagem. O título pareceu mais perto no torneio seguinte; apresentando um futebol vistoso, o time realmente liderava o Clausura 1997 a quatro rodadas do fim, após ultrapassar o então líder Colón vencendo-lhe por 6-0 – fora de casa. Só que essa goleada, já em junho, foi também o último jogo do torneio antes da pausa para a Copa América. Menotti já tinha contrato acertado com a Sampdoria e rumou ao time italiano junto com o talentoso armador Ángel Morales.

Na Copa América, El Toro tanto teve o gosto de marcar o gol da vitória na estreia, sobre o Chile, resultado vital para adiante classificar a Albirroja aos mata-matas, quando ela calhou de encontrar logo o Brasil já nas quartas-de-final. Ainda em julho, ele reencontrou a Argentina, agora pelas eliminatórias. A Albiceleste soube vencer no Defensores del Chaco, mas viu Acuña marcar o gol paraguaio naqueles 2-1. O Clausura também voltou em julho e o Independiente até venceu na reestreia, mas foi só: não manteve o embalo nas três rodadas finais e no fim ficou apenas em quarto. Acuña, ao fim, somou 65 jogos e três gols ao longo de duas temporadas: defendeu o Rojo uma última vez em 6 de agosto para então reforçar uma colônia argentina no Real Zaragoza, inicialmente com Gustavo López (ex-colega de Independiente) e Kily González.

Ele não virou exatamente um ídolo imortal na dupla de gigantes argentinos em que jogou, mas não deixou de ser figura querida e respeitada nas duas torcidas. No Zaragoza, por sua vez, viveu de tudo – verbo irônico diante do fato de ele quase ter morrido em campo em 4 de outubro de 1997; em um choque com o argentino Juan Esnáider em duelo com o Espanyol, o chiclete mascado pelo paraguaio se entalou em sua garganta e o impediu de respirar, sendo preciso mesmo reanima-lo após ele perder a consciência. Na temporada em que seu clube foi semifinalista da Copa do Rei, seu Paraguai voltou depois de doze anos a uma Copa do Mundo tendo no argentino o seu camisa 10. Ou melhor, em um de seus argentinos, pois Ricardo Rojas também foi à França, embora o zagueiro não chegasse próximo em protagonismo ao volante. Mas a sina de primeiro mata-mata novamente se abateu, no famoso gol de ouro dos anfitriões franceses.

Seu segundo gol sobre a Argentina abriu o placar desse 1-1 no Monumental em 2000, pelas eliminatórias: Simeone não chegou a tempo, Verón observa ao fundo

Na Europa, a estadia de Acuña em Zaragoza se estendeu por cinco temporadas; nas três primeiras, foi acompanhado de López (que então rumou ao forte Celta da época) e González (adquirido então pelo Valencia) e depois recebeu Jorge Martínez, Daniel Montenegro e Luciano Galletti como outros hermanos com quem dividiu vestiário em La Romareda. Em 1999, o Paraguai sediou a Copa América. A horas da estreia, El Toro esdruxulamente abandonou a concentração ao negar-se a comer pescado, embora regressasse. Novamente, a barreira foi o primeiro mata-mata, agora contra o México. O volante da equipe 4ª coloada em La Liga na temporada 1999-2000 recuperou-se com sobras em seguida junto à torcida guarani: foi em novembro de 2000, ao marcar um segundo gol diante da Argentina e então beijar efusivamente o distintivo paraguaio, no lance retratado na imagem acima. Foi já pelas eliminatórias à Copa de 2002 e aquele também seria seu último gol pela seleção.

Em 2001, ele saboreou o título da Copa do Rei com o Zaragoza (sobre o Eurocelta do ex-parceiro Gustavo López); a taça seria decisiva para que fosse eleito o jogador paraguaio do ano. Mas, tal como a Argentina natal, o Paraguai também abriu mão de ficar à mercê das FARC na Copa América sediada na Colômbia. O ano de 2002 chegou e viu o então vencedor da copa espanhola de 2001 acabar surpreendentemente na lanterna (e rebaixado) em La Liga; o paraguaio até protagonizou uma perseguição e agressão a um torcedor que invadira a grama, torcedor do concorrente Villarreal, para zombar dos zaragocistas. Foi o fim de cinco anos de serviços prestados aos aragoneses, mas o volante caiu para cima, contratado pelo poderoso Deportivo La Coruña (recém-campeão da Copa do Rei) daqueles tempos.

Acuña também se garantiu em uma segunda Copa do Mundo, embora, para variar, a Albirroja se despedisse no primeiro mata-mata, eliminada nos minutos finais contra a Alemanha. Em La Coruña, ele já não triunfou; enquanto os novos colegas chegavam às semifinais da Liga dos Campeões de 2003-04, ele estava emprestado ao Elche na segunda divisão, e dali o empréstimo foi redirecionado aos Emirados Árabes pelo resto de 2004. Ausente da Copa América de 2004, também não foi considerado como potencial convocável entre os três veteranos chamados às Olimpíadas de Atenas, vagas que ficaram com Gamarra, Enciso e Cardozo. Se houvesse participado da histórica campanha de prata, curiosamente teria enfrentado a Argentina na final…

Após a Copa de 2006 (ao meio, suas lágrimas no telão enquanto a Suécia comemora), ele voltou rapidamente ao futebol argentino, agora ao Rosario Central

Apesar da decadência, ele foi em 2006 à sua terceira Copa do Mundo; ele e David Trezeguet (presentes nas mesmas três edições) são os hermanos que mais estiveram em Copas por outras seleções, se considerarmos que o também trimundialista Muslera (à beira do quarto mundial) só tem a nascença de “argentinidade”. Dessa vez, os guaranis foram eliminados já na segunda rodada. As lágrimas de Acuña no telão do Olympiastadion de Berlim enquanto os suecos comemoravam o gol da vitória aos 44 minutos do segundo tempo retrataram uma página inteira da revista brasileira Placar, na imagem acima.

Em outubro de 2006, o La Coruña o dispensou e o paraguaio encerrou nove anos de uma carreira espanhola que teve suas curiosidades; uma delas era a identificação nas costas de suas camisas, que não se limitava ao sobrenome: ali aparecia “Toro Acuña” mesmo, embora Loco Abreu chegasse a brincar já em 2000 que o apelido sul-americano não pegava tão bem entre os espanhóis, que pensavam que o volante fosse um marido mansamente traído. No início de 2007, com meses parado, ele foi repatriado pelos argentinos como reforço do Rosario Central. Dessa vez, El Toro não deixou boas lembranças: por seu quarto clube argentino, foram apenas 201 minutos distribuídos em quatro partidas. Enfureceu ainda mais a torcida canalla ao não inibir-se em processar o time de Arroyito.

Restou-lhe rumar de volta ao Paraguai, mas nem o peso da camisa do Olimpia significou novos troféus na carreira, em tempos de onipotência caseira do Libertad. Em 2009, já iniciava a primeira de suas três passagens pelo modesto Rubio Ñu. Como jogador desse clube, defendeu o Paraguai pela centésima e última vez, em amistoso contra a Romênia, em 11 de junho – mais como tributo (do técnico argentino Tata Martino) a quem não era usado desde 2006 do que por um teste à Copa América sediada na “sua” Argentina, torneio para o qual não foi convocado. Mas houve motivos para gabar-se: quatro dias antes, os romenos já haviam sido os sparrings de outra despedida: a de Ronaldo pela seleção brasileira.

Onde mais se destacou fora do futebol argentino: no Nacional de Assunção, no Real Zaragoza (observado por Rivaldo) e no Olimpia, onde comemora com Gamarra uma vitória no clássico com o Cerro Porteño

Em 2013, quando estava no 12 de Octubre, Acuña mostrou-se disposto a regressar ao Independiente para ajudar uma instituição em frangalhos, recém-rebaixada pela primeira vez à segunda divisão. A volta a Avellaneda não ocorreu, mas ele sagrou-se campeão de um torneio de acesso quase em seguida – o da quarta divisão paraguaia de 2015 pelo Deportivo Recoleta. Àquela altura, conciliava gramados e areia: não só disputou com o Paraguai a Copa do Mundo do beach soccer daquele mesmo ano como foi capitão do elenco vice-campeão para o Brasil, além de embaixador daquela edição. Em 2016, chegou a ser o jogador argentino mais velho ainda em atividade nos gramados. E assim se manteve até 2018, quando pendurou as chuteiras, no 22 de Septiembre.

Abaixo, a lista dos oito jogos em que Acuña enfrentou a Argentina natal nos gramados – pois também a encontrou no futebol de areia, como se vê na próxima imagem.

Derrota de 3-1 em 8 de agosto de 1993 (eliminatórias, Assunção)

0-0 em 29 de agosto de 1993 (eliminatórias, Buenos Aires)

Derrota de 2-1 em 14 de junho de 1995 (amistoso, Rosario)

1-1 em 1º de setembro de 1996 (eliminatórias, Buenos Aires, na foto que abre essa matéria)

1-1 em 17 de junho de 1997 (Copa América, Cochabamba)

Derrota de 2-1, com gol dele, em 6 de julho de 1997 (eliminatórias, Assunção)

1-1, com gol dele, em 16 de agosto de 2000 (eliminatórias, Buenos Aires)

1-0 em 3 de setembro de 2005 (eliminatórias, Assunção)

À esquerda, registro do primeiro jogo da lista acima: Acuña é o mais cabeludo. Ela relembra apenas as vezes que enfrentou a Argentina no gramado: também duelou contra ela no futebol de areia!

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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