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Barras assaltam e incendeiam sede do Independiente

A derrota para o arquirrival Racing foi o pretexto para uma violenta ação dos barra-bravas do Independiente contra a direção do clube. Os violentos torcedores executaram duas ações na última madrugada: um assalto à sede de Avellaneda, onde se localiza do estádio do clube, e um princípio de incêndio na sede portenha do Rojo (na foto acima).

Segundo o presidente Javier Canteros, “aconteceram duas coisas. Invadiram o estádio e roubaram computadores, e jogaram combustível na persiana da sede de Boyacá [Buenos Aires]. Se eles acham que com isso voltarão a poder entrar de graça no estádio, estão completamente enganados. É exatamente o contrário”.

O incêndio da sede de Boyacá foi o episódio mais grave, uma vez que causou ferimentos graves no policial que tentou apagar o incêndio em um primeiro momento, sendo internado com queimaduras de 2o e 3o grau no rosto, mãos e pescoço. Ao fim os bombeiros chegaram e controlaram o fogo.

Naturalmente a derrota para o maior rival foi apenas um pretexto utilizado pelos barra-bravas do clube. Os violentos torcedores do Rojo, que sempre tiveram muito espaço na gestão anterior, tiveram seus privilégios cortados pela nova direção. A barbaridade ocorrida na noite de ontem é apenas mais uma tentativa de pressionar a nova direção e mostrar que não se pode contrariar esses grupos organizados.

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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  • É o preço a se pagar por enfrentar as máfias.

    Não simpatizo com a torcida do Independiente pelas suas demonstrações de xenofobia contra os torcedores do Boca (bandeiras bolivianas e paraguaias, pães "bolitas" jogados em campo).

    Desde que o presidente passou a confrontar os arruaceiros em público, esse ato pode ser visto como um recado: pare de encher o saco, você está nos incomodando e a nossos negócios nebulosos. Assinado: Grondona, HUA, Kirchner...

    Enquanto isso, nos lados de La Ribera, Mauro Martín toca seus suculentos negócios à frente da 12. Do outro lado da cidade, em Núñez, Passarella faz que não é com ele a disputa de poder dos Borrachos. Business as usual.

  • Já fui na sede portenha do Rojo, lembro de um lugar simpático, com crianças fazendo aulas de dança ao lado do local onde retirei o ingresso. De certa forma, é esse o conflito: as barras querem para si uma instituição que é muito maior. Nos conhecemos bem esse conflito entre torcidas organizadas e o torcedor em geral.

    Espero que a diretoria do Independiente siga em sua política de confronto aos privilégios das barras.

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