Categories: Arquivo

Boca e Godoy Cruz fecham a 1ª rodada com empate

O “novo” Boca Juniors tinha um valoroso rival na estreia como obstáculo para provar sua força. Ainda que tenha perdido Olmedo e, principalmente, Fede Higuaín, não deixava de ser o mesmo time de defesa sólida, que foi 3° no Clausura e sempre fez bons jogos contra os Xeneizes. Tudo isso reforçado pelo fator casa de Mendoza, embora a torcida auriazul tenha se feito notar com mais força. Claudio Borghi consegui levar um ponto na bagagem para Buenos Aires. Contudo, o conseguiu sem uma exibição em um nível que coloque sua equipe entre as melhores do Apertura 2010.

Logo no começo do jogo, causou estranheza ao hincha bostero o fato do time de coração cometer velhos erros, apesar de todos os nomes novos que compõem a zaga. A falha fatal no gol de Russo, aos 14 da etapa inicial, saiu dos pés conhecidos de Matias Gimenez. Só que nos primeiros 20 minutos, os jogadores de defesa como um todo eram complacentes na marcação, algo que os anfitrões não perdoaram, comandados pelo cérebro de Ramírez e assustando nos ataques de Carranza.

Todavia, se velhos erros causaram a desvantagem no placar, velhos acertos poderiam trazer o equilíbrio à partida no Malvinas Argentinas. Lampejos de qualidade sempre salvaram o Boca em momentos em que o adversário obtinha superioridade no ataque. Costumam surgir graças a Roman ou Palermo. Hoje, porém, Jesus Mendez na assistência, e Lucas Viatri na finalização trataram de assumir o protagonismo. E eis que o lampejo se foi, e o Xeneizes não criaram nenhuma outra grande oportunidade no primeiro tempo.

Já na volta dos vestiários a história mudou a favor dos visitantes. Mesmo sem enganche, o meio-campo passou a tocar a bola com mais paciência, e até arquitetou claras chances de gol, como o chute de Palermo na trave e o de Gimenez afastado em cima da linha. Mas os mendocinos contam com a mente inteligente do Turco Asad no banco, que soube fazer alterações precisas proteger melhor o lado esquerdo, onde Mendez fez lembrar o bom jogador que foi no Central. A entrada de Dalmonte representou o fim da pressão ofensiva do Boca Juniors.

Entretanto, a melhora defensiva não foi o unico mérito de Asad na etapa final. Ao colocar Miranda e Vera no lugar de Carranza e Salinas, deu alma nova ao ataque do Tomba, de modo que a equipe passou a buscar a vitória com maior firmeza. Teriam conseguido, não fosse o braço de Caruzzo impedindo que alcançasse as redes a cabeçada de Vera. Saul Laverni não viu, e o empate não se alterou.

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

View Comments

Share
Published by
Rodrigo Vasconcelos

Recent Posts

César Luis Menotti, o técnico da Copa 1978 que a seleção teve graças ao Juventus-SP

Originalmente publicado em 5 de novembro de 2018 - e com atualizações em 5 de…

2 semanas ago

As Principais Características dos Slots Online

Os slots online, também conhecidos como máquinas caça-níqueis ou simplesmente slots, são um dos jogos…

2 meses ago

7 jovens talentos argentinos para ficar de olho em 2024

Apesar do excelente desempenho nas Eliminatórias Sul-Americanas e da incerteza sobre a continuidade de Lionel…

5 meses ago

50 anos do primeiro Mundial do Independiente

Originalmente publicado no aniversário de 40 anos, revisto, atualizado e ampliado Há exatos 50 anos,…

6 meses ago

Elementos em comum entre Boca Juniors e Fluminense

Os seis duelos pela Libertadores entre 2008 e 2012 corrigiram certa lacuna do século XX,…

7 meses ago

50 anos do Huracán 1973: o time que ressoou na Copa 78 levando Menotti à seleção

Originalmente publicado no aniversário de 45 anos, em 16-09-2018 - e revisto, atualizado e ampliado…

8 meses ago

This website uses cookies.