Sul-Americana

Conheça o Defensa y Justicia, rival do Vasco na Sul-Americana

Até o início da década, o Defensa y Justicia era uma equipe pouco conhecida e com baixa notoriedade no futebol local. Desde o acesso à elite argentina, em 2014, a equipe começou a demonstrar que poderia ser um dos coadjuvantes no país. Tanto que, desde 2017, o Defensa y Justicia participa de competições organizadas pela Conmebol. E, por muito pouco, não avançou para as oitavas de final da Libertadores desta temporada.

Com a terceira posição em seu grupo na Libertadores deste ano, liderado por Santos e Delfin, restou-lhe a Sul-Americana, como Vasco da Gama como adversário na noite desta quinta-feira (26/11). Sua melhor participação neste torneio foi em 2018, quando chegou as quartas de final ao ser eliminado por conta dos gols agregados pelo Junior (time que viria a ser o vice-campeão daquele torneio). Mas foi no ano anterior que o clube surgiu no futebol brasileiro, ao eliminar na primeira fase o poderoso São Paulo, mas ser eliminado pela Chapecoense logo na sequência.

E quis o destino que o Defensa y Justicia, comandando por Hernán Crespo (terceiro maior goleador da seleção argentina) enfrentar novamente os brasileiros. Nos dois confrontos contra brasileiros nesta temporada, ambos contra o Santos, o Peixe teve que suar para conquistar as viradas por 2×1 (em ambos os jogos). Inclusive, o gol de Marcos Leonardo, aos 47 do segundo tempo, foi que tirou a equipe das oitavas de final.

Como chega o Defensa y Justicia?

Antes da pandemia eclodir, a equipe de Florencio Varela, na zona Sul da Grande Buenos Aires, o time demostrava um futebol veloz, com qualidade ofensiva. Contudo, desde o retorno do futebol na América do Sul, a equipe conquistou apenas três vitórias em dez jogos e uma defesa fragilizada. A última vitória foi sobre o Sportivo Luqueño, que lhe garantiu nas oitavas de final da competição atual.

Um dos seus maiores problemas é conseguir segurar o resultado quando está em vantagem. Foi assim contra o Santos, na Libertadores, assim como na partida contra o Central Córdoba, mais recentemente pela Copa LFP, o torneio de transição do futebol argentino. Em novembro, foram duas derrotas e três empates, o que lhe coloca na última colocação de seu grupo, com chances remotas de avançar a próxima fase.

Hernán Crespo começa a ser questionado à frente do time. Tanto que as últimas notícias é que o treinador abdique da linha de três defensores, que não vem surtindo resultado, voltando para um 4-4-2. Isso só deve ser confirmado minutos antes do início da partida. A equipe seria Unsain; Breitenbruch (Isnaldo), Frías, Martínez, Benítez; Rius, Loaiza, Acevedo, Camacho (Isnaldo); Pizzini e Romero.

Posse de bola, mas sem precisão

Uma análise fria, somente nos números do Defensa y Justicia nas últimas seis partidas leva a crer que a equipe saiu de campo vitoriosa. Média superior a 60% de posse de bola, 80% na precisão dos passes, mais de 10 finalizações ao gol por partida. Nada disso foi o suficiente para que o clube marcasse apenas cinco gols e sofresse nove gols.

Caso o Vasco da Gama consiga tirar proveito destas fragilidades e consiga neutralizar o rival – ainda que tenha nove casos de Covid-19 confirmado, entre eles Fernando Miguel e Benítez –, é bem provável que a equipe carioca avance à próxima fase em um provável duelo contra o Bahia (que venceu o Unión de Santa Fé na última partida).

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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