De virada, San Lorenzo vence e assume liderança provisória do Apertura
San Lorenzo e Olimpo vieram a campo nesse sábado com objetivos bem distintos. O time de Boedo buscava uma vitória para alcançar a liderança provisória do Apertura, manter a invencibilidade e a boa fase. Já o time de Bahía Blanca procurava somar seu primeiro ponto fora de casa para fugir do rebaixamento e enfim provar que sabe jogar também fora do seu estádio.
As duas equipes começaram o jogo se estudando. O time aurinegro tentava chegar ao gol de Albil com bolas levantadas para a área e o Ciclón contava com a técnica de Romagnoli para servir a Mesenguez e Balsas. Aos 13 minutos de jogo, um levantamento para a área deu ao Olimpo a vantagem na partida, de forma surpreendente. Após falta cobrado por Rolle, a bola passou por todo mundo e veio ao encontro de Albil. O ex-goleiro do Estudiantes não foi capaz de segurar a bola e no rebote Vega empurrou para as redes.
Do gol em diante, o Olimpo tomou conta do jogo, tocando bem a bola e usando muito bem seu lado direito, com o lateral Casais e o meia Rolle. Já a equipe de Ramón Díaz estava perdida em campo, sem acertar uma sequência de passes e incapaz de construir uma jogada perigosa. Romagnoli estava bem marcado e a bola não chegava a ele. Vendo a fraqueza da equipe, Ramón Díaz promoveu a primeira alteração no time, aos 29 minutos de jogo. O “Pelado” tirou o zagueiro Meza e entrou com o meio campo Luna.
Não houve tempo para analisar se a alteração surtiu efeito. Aos 31 minutos uma falta na esquerda deu o empate ao San Lorenzo. E o gol saiu exatamente da mesma forma que o Olimpo havia marcado. Numa bola levantada para a área por Aureliano Torres, Pereyra cabeceou forte para o gol, Tombolini espalmou e Tula mandou para o gol. Assim, o empate caiu do céu para o Ciclón. Até o final do primeiro tempo as equipes pareceram satisfeitas com o resultado, embora o empate não fosse bom nem para o San Lorenzo nem para o Olimpo.
No segundo tempo o Olimpo perdeu um dos melhores em campo. Rolle, lesionado, deu lugar a Aguirre. À medida que o tempo passava, o Olimpo se fechava mais e apostava nos contra-ataques. O San Lorenzo continuava sem criatividade e apenas Romagnoli tentava alguma jogada mais perigosa.
Foi então que aos 17 minutos o Ciclón virou. Outra vez o gol nasceu de uma bola levantada por Aureliano Torres. Dessa vez o muito bem posicionado Bottinelli, acertou uma linda cabeçada e marcou o segundo gol. Pela primeira vez no Apertura o San Lorenzo virava o placar, embora o time já tivesse dado sinais de recuperação em resultados adversos, como na partida contra o Godoy Cruz.
O gol desestabilizou o Olimpo, que perdeu o zagueiro Mosset, que foi expulso por reclamar um impedimento no segundo gol do San Lorenzo. A partir disso, o San Lorenzo começou a tocar a bola com calma, criar boas jogadas e, num ótimo contra-ataque iniciado por Romagnoli, chegou ao terceiro gol aos 34 minutos. O experiente jogador lançou Mesenguez na linha de fundo, que por sua vez voltou a bola a ele. Romagnoli então viu Rivero livre pelo meio da área e deu um excelente passe para que ele marcasse o terceiro gol do Ciclón, numa batida forte e sem chances para Tombolini. O jogo estava liquidado.
Até o final, a equipe de Ramón administrou o resultado e sofreu com as entradas violentas da zaga do Olimpo. Com a vitória o San Lorenzo foi a 15 pontos e assim “dorme” na liderança do Apertura, aguardando os resultados dos jogos de Vélez, Estudiantes e River, líderes do Apertura com 13 pontos. Já o Olimpo permanece com seis pontos e está apenas na 16ª posição do torneio. O San Lorenzo na próxima rodada visitará o Colón em Santa Fé e o Olimpo terá um complicado jogo contra o Vélez fora de casa.
SAN LORENZO – Albil, Meza (Luna), Tula (Herner) e Bottinelli; Rivero, Juan Torres, Pereyra (Placente) e Aureliano Torres; Romangnoli; Mesenguez e Balsas.
Técnico – Ramón Díaz
OLIMPO – Tombolini, Casais (Reynoso), Mosset, Bianchi Arce e Villanueva; Cobo; Castillón, Galván (Delorte), Vega e Rolle (Aguirre); Bareiro
Técnico – Omar de Felippe
Estádio – Nuevo Gasómetro
Árbitro – Rafael Furchi
