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Inimigos da Albiceleste – Paraguai

A seleção do Paraguai levou bom tempo para conquistar respeito no cenário futebolístico mundial. Mesmo tendo vencido a Copa América duas vezes (1953 e 1979), só participou de três Copas do Mundo (1930, 1950 e 1958) até 1986. No Mundial do México, fez boa figura avançando até as Oitavas-de-final, quando caiu para a Inglaterra de Gary Lineker.

Depois de 1986, a albirroja voltou a se ausentar das Copas do Mundo até que em 1998, voltou a deixar boa impressão, mostrando defesa sólida e vendendo caro a derrota para a França também nas Oitavas-de-final. Agora, o time acumula quatro participações seguidas em Copas do Mundo (esteve em todas desde 1998) e ostenta a única medalha olímpica do país (prata em Atenas 2004, na derrota para a Argentina). Só que a vizinhança acordou e chegou a forte concorrência de Uruguai, Chile e até Colômbia com sua nova geração de jogadores.

A defesa continua boa, mas sem a organização e supremacia daqueles tempos. O ataque, ponto fraco daquela geração, tem hoje nomes que impõem respeito aos adversários, com destaque para Lucas Barrios, argentino naturalizado e referente no excelente Borussia Dortmund, atual campeão na Alemanha.

A participação na Copa da África do Sul ano passado, mostrou que alguma coisa está diferente na equipe Guaraní. Certo que caíram nas quartas-de-final frente a Espanha, que viria a ser campeã. A defesa, no entanto, não mostrou a mesma solidez e o ataque se ressentiu de Roque Santa Cruz – que parece ter deixado seus melhores dias no passado – ou de outro parceiro para Barrios, que não seja Haedo Valdéz.

A missão de Tata Martino, ao que parece, é preservar o status de terceira força na América do Sul, posto que já pode estar em mãos uruguaias e considerando que Brasil e Argentina peleiam pela supremacia continental.

O treinador
Gerardo “Tata” Martino espera que sua equipe tire proveito dos ensinamentos deixados pelo desempenho no Mundial do ano passado: “aprendemos que não podemos nos conformar e sempre buscar um melhor resultado”, disse.

Apesar de satisfeito com o trabalho de preparação, o treinador disse que ainda não montou seu onze titular. Diz que pretende observar jogadores como Estigarribia, Cáceres, Martínez, Molina, Santander, Gaona Lugo e Pérez.
O Paraguai integra o grupo B junto a Brasil, Venezuela e Equador, adversário da estréia em 3 de julho.

Lista prévia (30 jogadores – sete serão cortados)
Goleiros
Justo Villar (Valladolid), Diego Barreto (Cerro Porteño), Joel Silva (Guaraní) e Roberto Fernández (Racing).

Defensores
Marcos Cáceres (Racing), Paulo da Silva (Zaragoza), Luis Cardozo (Cerro Porteño), Darío Verón (Pumas), Antolín Alcaraz (Wigan), Miguel Samudio (Libertad), Aureliano Torres (San Lorenzo), Iván Piris (Cerro Porteño), Elvis Marecos (Guaraní) e Ismael Benegas (Rubio Ñu).

Meias: Víctor Cáceres (Libertad), Cristian Riveros (Sunderland), Néstor Ortigoza (San Lorenzo), Jonathan Santana (Kayserispor), Enrique Vera (Liga de Quito), Edgar Barreto (Atalanta), Osmar Molinas (Olimpia), Hernán Pérez (Villarreal).

Atacantes: Roque Santa Cruz (Blackburn), Nelson Haedo Valdez (Hércules), Orlando Gaona Lugo (Boca), Osvaldo Martínez (Monterrey), Marcelo Estigarribia (Newell’s), Lucas Barrios (Borussia Dortmund), Federico Santander (Toulouse), Pablo
Zeballos (Olimpia) e Julián Benítez (Guaraní)

Posição no Ranking da Fifa: 23º
Treinador: Gerardo Martino
Cotação FP: Semi-finalista
Craque do time: Lucas Barrios, atacante.

Sergio Trivelato

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