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Intrusos na Cidade do Galo, torcedores argentinos tentam entradas com a AFA

Matías Montane: Torcedor do Godoy Cruz acompanhando o treino da Seleção na Cidade do Galo. Foto: Futebol Portenho
Matías Montane: Torcedor do Godoy Cruz acompanhando o treino da Seleção na Cidade do Galo. Foto: Futebol Portenho

De Belo Horizonte – No meio de vários jornalistas que cobrem ao treino da Seleção Argentina, cinco jovens percorriam a Cidade do Galo sem credenciais. Tampouco com credenciais provisórias. E ninguém os perturbava. Os cinco jovens são torcedores que viajaram desde o seu país, sem ingressos, que estão em Belo Horizonte há algumas semanas, mas contam com o privilégio de acompanhar aos treinamentos com a permissão da própria AFA.

Curiosamente, vários outros torcedores argentinos não conseguiram acesso ao Prédio. De acordo com Matias Montane, um dos contatos para o ingresso ao Centro de Treinamento do Galo foi o assessor de imprensa da Argentina, Andrés Ventura. Ainda assim, apesar dos privilégios, todos estão angustiados e ansiosos por conta da falta de entradas. “Tentamos em todas as fases (de venda), mas não conseguimos. Estamos tentando com as pessoas da AFA, mas vai ser difícil”, conta o torcedor do Godoy Cruz.

A AFA, inicialmente, divulgou uma nota que não daria ingressos a nenhum torcedor, o que irritou os membros da Hinchadas Unidas Argentinas. Ainda assim, a tentativa persiste, exaltando ainda que não faz parte de qualquer organizada. “Somos torcedores comuns. Não somos barras”, garantiu Montane.

Os torcedores chegaram a Belo Horizonte no dia 6 de junho e ressaltaram que viajarão para todos os jogos da Argentina, mesmo sem as entradas. “Já está tudo programado. Vamos independentemente de ter ou não ingresso. Mas hoje estão cobrando 800 dólares em um ingresso. Não tenho condições de pagar esse valor”, disse Montane.

Cristian Vaccarino, torcedor do Gimnasia de Mendoza, time recém-promovido para o Torneio Argentino A, espera conseguir as entradas para o Mundial, mas lamenta os valores pedidos pelos cambistas “A conversão de nossa moeda não favorece ao cambio brasileiro. Não temos esse dinheiro que pedem”, lamentou.

Após o Mundial, o chefe de cozinha disse que quer aproveitar o Brasil, principalmente nas regiões onde a Argentina não jogará como no Nordeste. “Quero muito conhecer a Bahia. A Argentina não jogará lá, mas depois da Copa, com o título, pretendo ir, pois sei que há as praias mais bonitas”, agregou o torcedor.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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