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O VAR (ou a falta dele) não eliminou a Argentina

A imprensa brasileira repercute nesta quarta-feira as reclamações argentinas sobre dois os lances polêmicos do duelo de ontem a noite, na derrota da Argentina por 2×0. Entretanto, pouco se fala sobre aspectos que poderiam ter, sim, mudado a partida por um todo: a continuidade no lance ao invés da reclamação abusiva da arbitragem.

No lance do primeiro gol, Lautaro Martínez reclamou de falta de Daniel Alves. Paredes tentou ir com tudo na bola e deu um carrinho desnecessário, seguido da falha de marcação de Tagliafico e Otamendi, que deixou a sua posição para tentar dar um bote. Já no segundo tempo, na maior das reclamações Argentina, Daniel Alves tocou em Agüero sem bola e caiu na grande área. Foyth parou pensando que haveria marcação de falta. Gabriel Jesus, como deve ser feito, partiu em direção ao gol, passou por Pezella, Otamendi, até cruzar para Firmino sacramentar a vitória.

Ora, principalmente no segundo gol, não se pode um jogador de seleção, seja de qual país for, parar esperando algum lance de falta ou alguma marcação. Foyth foi ingênuo no lance. Não que seja o responsável direto pelo gol, já que houve uma desatenção total, mas teve a sua parcela de culpa. Assim como teve Lionel Scaloni durante toda a Copa América, deixando uma defesa exposta e sem qualquer parâmetro.

O árbitro Roddy Zambrano teve, sim, uma atuação aquém de uma partida importante. Houve situações que usou dois pesos e duas medidas, amarelando jogadores argentinos após uma falta e deixando de advertir os brasileiros após uma série de desarmes seguidos de infrações. Deixou, também, de expulsar alguns argentinos quer já tinham cartão amarelo. Não soube o que fazer em vários lances. Mas não pode culpá-lo, por mais que ele possa ter tido má-fé, o que não é possível comprovar.

Os dois gols foram de falhas defensivas e de desatenção. Isso mostra uma falta do padrão argentino. Até houve uma evolução nesta Copa América, principalmente no jogo contra o Brasil. Foi superior em alguns momentos do jogo, mas pecou nas finalizações para matar a partida. E pecou, principalmente, em parar em lances nos quais a arbitragem não sinalizou. Até Messi, em determinadas jogadas, parou para reclamar.

Ao fim do jogo e nos dias seguintes, sempre existirão as reclamações, os choros e os lamentos do que poderia acontecer se existisse a marcação inicial ou se o VAR pudesse ser utilizado. Independentemente se o VAR estava ou não funcionando bem, a missão dos jogadores dentro de campo é continuar a jogada até o apito do árbitro.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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