Tévez: “Todo mundo me pergunta por que não estou na Seleção”

Tévez descartou sua presença na Copa do Mundo: “Já comprei passagens para a Disney”

Jogador do povo, ídolo da massa e, para muitos, injustiçado. Esse é o perfil de Carlos Tevez a menos de um mês para a convocação final para a Copa do Mundo. Tido como desagregador ao elenco, por brigas com Lionel Messi e outras pessoas do grupo, Apache sempre foi uma pessoa de personalidade forte. O momento no futebol brasileiro mostrou isso, desde sua chegada até a sua saída, quando Leão era o treinador.

As suas declarações apoiando a continuidade de Maradona após a Copa do Mundo de 2010 abalaram a estrutura do prédio da AFA, seja no complexo de Ezeiza ou na Viamonte, na sede da entidade. Isso deixou abalou sua continuidade na Seleção. “Se eu tivesse outra chance de apoiar Maradona, novamente eu faria. Disse o que senti e muitos não me olharam com bons olhos”, acrescentou.

Nas vésperas da Copa América, Sergio Batista o chamou após o clamor popular. Durante o evento, o nome do jogador era mais exaltado do que qualquer outro atleta. Messi, naquele momento, ainda gerava dúvida ao povo local, algo que acontece um pouco nos dias de hoje, mas com menor intensidade.

O pênalti perdido na disputa de pênaltis diante do Uruguai, em Santa Fé, nas quartas de final da Copa América, impediu a Argentina de sair de uma fila gigantesca quando se trata de futebol profissional. “Me dizem que desde Buenos Aires a torcida pede meu nome e eu agradeço o carinho, mas digo que o técnico é quem deve tomar as suas próprias decisões”. As duas medalhas de ouro nas olimpíadas são consolos, tendo, inclusive, Tévez como o grande personagem. Desde então, o nome do jogador não é mais lembrado, mesmo com as boas atuações na Juventus.

Muito se diz no prédio da AFA que deve-se aquele pedido de permanência de Maradona. Outros dizem que os problemas de relacionamento com Messi é ponto forte nessa questão. Esse último fato, Tévez fez questão de desmentir ao diário Crónica, em edição desta quarta-feira (16). “Todo mundo me pergunta por que não estou convocado”, estampa a capa do jornal dando continuidade a uma resposta mais dura quanto a Messi.

“Todo mundo publica isso (das brigas com Messi), mas a verdade é que temos uma ótima relação. Compartilhamos momentos, treinos, partidas e nunca tivemos problemas. É uma pessoa muito educada. Este dever ser o seu Mundial e desejo de coração que seja, pois ele é um jogador maravilhoso. Ele e Cristiano (Ronaldo), com quem convivi no Manchester, são os melhores jogadores do Mundo”, acrescentou Tévez.

Outro ponto importante quanto é o seu convívio com Sabella. Em 2005, quando esteve no Corinthians, Tévez trabalho com o atual treinador da Seleção, que na época era auxiliar técnico de Daniel Passarella. “Estivemos juntos no Brasil e tivemos uma relação fantástica. Nunca tivemos problemas e a relação sempre foi cordial. Todo mundo me pergunta por que estou fora, mas não devo responder a essa pergunta porque seria uma fata de respeito”.

O jogador da Juventus já não acredita que terá uma oportunidade para a Copa do Mundo. E ainda ratificou que não deseja ser chamado para vir ao Mundial somente pelo clamor público, mas também pela confiança. “Ele está convencido de que esse plantel está bem. Por isso não seria bom que me chamasse agora. Eu não fiz parte desse processo e não quero que me chame por pressões de alguém. E não creio que ele convoque. Já comprei passagem para ir a Disney com minha família. Eles merecem essa viagem e eu tenho claro qual é o meu lugar”, agregou.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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