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Três Superclássicos em 11 dias. Há 15 anos que Boca e River não se enfrentavam tantas vezes em tão pouco tempo

Começa neste domingo (3) a série de duelos que pode decidir os rumos do Campeonato Argentino e da Copa Libertadores. Assim como no ano 2000, Boca Juniors e River Plate engatam Superclássicos em sequência, mas pela primeira vez, ambos chegam iguais como os melhores do país.

Na ocasião, os confrontos também começaram na Bombonera. Riquelme e Aimar eram as grandes estrelas, mas Schelotto e Cuevas marcaram no empate por 1 x 1 do primeiro jogo, pelo Clausura 2000 (aliás, Arruabarrena teve chance de gol para vencer no fim, mas perdeu). O Boca não brigava diretamente pelo título, mas o resultado ajudou na conquista do River. Foi Em 1999 a última vez que os dois duelaram pela ponta caseira diretamente.

Depois veio as quartas da Libertadores com partidas inesquecíveis. O colombiano Ángel e El Conejo Saviola deram confiança de que os Millonarios eliminariam os Xeneizes, mesmo com o desconto de Riquelme no 2 x 1 em Núñez. Nas entrevistas, El Tolo Gallego, que na época treinava o River, até desdenhava da presença de Martín Palermo no Super seguinte.

O maior artilheiro da história do Boca se recuperava de lesão, ficou meio ano sem atuar. Mas voltou para emocionar a todos, inclusive ele mesmo, ao fazer o terceiro gol na Bombonera, agora pela Libertadores. 3 x 0 para eliminar o maior rival, com autoridade. Na sequência, os Xeneizes passaram por América-MEX e Palmeiras até o título.

Recorde mesmo de Superclássicos seguidos foi há 26 anos, na Liguilla pré-Libertadores de 1989: três jogos em 8 dias. Na época, melhor para o River Plate, já que depois de dois empates sem gols no Monumental e na Bombonera, triunfou sobre o Boca Juniors por 2 x 1 no estádio do Vélez Sarsfield, em Liniers. A vaga foi pra Núñez após superar o San Lorenzo.

Podem até parecer coincidências sem relevância para o futebol, mas não são quaisquer confrontos em 11 dias. São Superclássicos. Entre os dois melhores times argentinos na atualidade, candidatos aos dois títulos em disputa. Imagine o Boca eliminado pelo River com a pior campanha na Libertadores? Ou os Xeneizes campeões locais mais tarde com a diferença de três pontos que podem conquistar hoje?

Tantos jogos em pouco tempo ajudam aos dois times para se analisarem e se adaptarem a situação, que teoricamente desfavorece o River. Um jogo a mais na Bombonera, e justamente o que vai decidir o classificado para as quartas da Copa. Gallardo poderá se preparar aos contragolpes letais do Boca, e Arruabarrena pensará em como parar Rodrigo Mora, ou aproveitar a fragilidade do Millo no jogo aéreo.

os técnicos rivais Arruabarrena e Gallardo

 

 

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

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