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Blog FP: Apesar do 3 x 0, Riquelme faz falta, Palermo nem tanto

Nas bandas da Casa Amarilla, só este título serviria para parecer que estamos do lado do Diez no eterno racha do elenco Xeneize. Mas nada disso.

Minha ideia é apenas instigar um debate “do contra” após a empolgação do fim de semana. Afinal, antes mesmo da célebre mesa redonda do Fantino, alguns já levantavam a bola sobre a ausência do Román, sobre como o 3 x 0 veio mesmo sem ele. Estaria o Boca livre da dependência.

Ao mesmo tempo, toda a euforia após o fim do jejum de Martín Palermo. Dez jogos ou 951 minutos depois, El Loco fez as pazes com o velho companheiro de seus tempos áureos. Merece agora ser inquestionável?

Num olhar seco, sim. Para ambos.

Cristian Chávez substituiu Riquelme. Foi o melhor em campo ao comandar boa parte dos contra-ataques, única arma de Falcioni que funcionou duas vezes. (O gol do Colazo foi tão rápido que nem da pra chamar de contragolpe).

Palermo não só afugentou os próprios fantasmas, como era o principal finalizador do Boca outra vez. Como nos tempos áureos.

Num olhar pragmático, cauteloso, não. Para ambos.

Com todo respeito ao amigo Tiago Melo, o Huracán não jogou o suficiente para servir de parâmetro. O próprio Tito Pompei admitiu isso, ao afirmar que foi “a pior partida do Globo no Clausura”.

Mesmo neste momento pesado, o Independiente já forçará uma nova realidade, na qual Riquelme (que já treina normalmente) será necessário. No mesmo cenário, Palermo talvez já não apareça tanto, com a mesma mobilidade dos jogos anteriores ao do Huracán.

Fica só a pergunta, nenhuma “sugestão” a Falcioni. Vale a pena arriscar sem Riquelme? Vale a pena manter Palermo titular?

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

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  • Acho que uma contusao mais seria do Riquelme seria o sonho de Falcioni. Armaria o 4-4-2 de domingo e jogaria só na base dos contra-ataques, como ele tanto gosta. Com Roman em campo, e tendo constatado que precisa de um segundo atacante, entao só resta o 3-4-1-2 ou o 4-3-1-2. O segundo sistema destroi a linha de 4 que deu certo no meio ontem, e provavelmente enfraqueça o jogo pelos lados que foi essencial. O primeiro poderia talvez permitir que a linha de 4 de ontem possa ser repetida por tras de Riquelme com a saída de um zagueiro. Mas isso me parece ir contra o estilo mais cauteloso do Falcioni. Acho que a volta do Riquelme o coloca num beco sem saida.

    E quem desrespeita o torcedor do Huracan não é um comentario como o seu, que apenas constata uma realidade. O desrespeito é ter essa diretoria e ter de torcer pra esse time. Ter Cachorro Câmpora como única esperança de se salvar é demais

    Grande texto!

  • O problema é que a defesa Xeneize comete erros demais para ser confiável num esquema sem Riquelme para contra-atacar. Dos pés dele saem lances de ataque com maior intensidade e qualidade.

    Se tivessemos uma zaga mais sólida como a do Banfield 2009, o esquema do Falcioni cairia como uma luva mesmo. Como não temos...

    Abraço e obrigado pelo elogio!

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Rodrigo Vasconcelos

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