Antonio Mohamed se demite do Independiente

Embora sempre tivesse recebido o apoio do presidente Julio Comparada, a situação de Antonio Mohamed à frente do Independiente não era das melhores após as perdas da Copa Suruga Bank e da Recopa Sul-Americana. No entanto, após a derrota para o Boca o técnico não resistiu à pressão e comunicou seu desligamento aos jogadores ainda no vestiário do Libertadores da América. Hoje o “Turco” passará pelo centro de treinamento do clube para se despedir dos jogadores e formalizar a saída. Em cinco rodadas, Mohamed é o segundo treinador que deixa o comando técnico no Apertura. Na rodada anterior, Sebastián Méndez deixou o Banfield.

Com isso, novamente o Boca Juniors é o responsável pela demissão de Mohamed. Quando dirigiu o Colón no ano passado e o Huracán em 2007, derrotas para o “Xeneize” na Bombonera fizeram com que o “Turco” saísse das equipes que comandava. Em sua passagem pelo Independiente, Antonio Mohamed fez 51 jogos, com 16 vitórias, 19 empates e 16 derrotas. Sob o seu comando o “Rojo” conquistou a Copa Sul-Americana do ano passado.

O técnico mais cotado para assumir o Independiente é Américo “Tolo” Gallego. Responsável pela conquista do último título nacional do “Rojo”, conseguido no Apertura 2002, Gallego treinou o Colo-Colo até o último dia 18, quando foi demitido depois de apenas 17 jogos à frente do “Cacique”. No entanto, o treinador é visto com grandes ressalvas por parte da diretoria do clube. Somente se sabe que, para a partida contra o San Martín na quarta-feira, quem assume o time interinamente é o técnico dos reservas, Cristian Díaz.

Protestos no vestiário

Logo após a partida, a “Somos Nosotros”, uma das barras-bravas do Independiente, se dirigiu ao vestiário onde o time estava para protestar contra Mohamed e os jogadores. Como já aconteceu em outras oportunidades, os protestos não foram direcionados à diretoria e ao presidente Comparada. E novamente os torcedores acessaram uma área que deveria ser restrita somente aos jogadores, à comissão técnica, aos diretores e aos jornalistas.

Com os protestos, não houve a entrevista coletiva de Mohamed após a partida. Poucos policiais ficaram à frente dos torcedores e poucos minutos antes da saída dos jogadores o clima ficou tenso. A segurança somente foi reforçada quando finalmente o ônibus que levava os atletas saiu em direção ao hotel onde a equipe estava concentrada.

Veja no vídeo abaixo um trecho do protesto da “Somos Nosotros” à frente dos vestiários do estádio Libertadores da América: